terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nova ligação entre regiões Centro-Sul e Leste


   Nova ligação entre regiões Centro-Sul e Leste

Além da construção da Avenida do Cardoso, obras do Vila Viva estão mudando o Aglomerado da Serra

As obras do Programa Vila Viva no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte, estão melhorando a qualidade de vida de cerca de 50 mil pessoas, que ocupam aproximadamente 14 mil moradias em uma área de 1.470.483 m². O maior aglomerado da cidade é composto pelas vilas Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora da Conceição, Marçola, Santana do Cafezal e Novo São Lucas. Para a implantação do programa, a Prefeitura conta com recursos assegurados de R$ 190 milhões do governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.

De 1998 a 2000, foi realizado o Plano Global Específico (PGE) do Aglomerado, que apontou os principais problemas ali encontrados e norteou a elaboração do Projeto Vila Viva. O PGE é um estudo aprofundado das vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social de Belo Horizonte, com participação direta da comunidade local. Esse estudo - realizado em três etapas (levantamento de dados, elaboração de diagnóstico integrado dos principais problemas da área em estudo e definição das prioridades locais e das ações necessárias para atendê-la) - resultou na elaboração de um projeto com propostas de intervenções, cuja finalidade principal é ampliar a inclusão social e urbana das comunidades carentes à cidade formal.

A primeira etapa do Vila Viva, que começou no final de 2005, foi entregue em abril de 2007. Foram construídos 48 apartamentos, parte da Avenida do Cardoso, duas barragens de contenção para controlar a vazão das águas de chuva e evitar as enchentes na região e urbanizados vários becos. Para essa obra, foram removidas e reassentadas 220 famílias, que moravam em situação subumana e de risco, às margens do Córrego Cardoso. Na segunda etapa, foram entregues à população, no final de 2007, o Complexo Esportivo do Aglomerado da Serra Mário Guimarães, mais 104 apartamentos e a sede da Cooperativa de Costureiras. O Complexo foi construído em um terreno de 20 mil m², cedido pela Fundação Benjamin Guimarães, e é composto  por campo de futebol gramado com dimensão oficial, alambrados, vestiários, arquibancadas, iluminação para jogos noturnos, quadra poliesportiva e estacionamento. Em maio de 2008 foram entregues mais 120 apartamentos, além de pista de bicicleta e quadra de basquete de rua no Parque do Cardoso.

Metade da Avenida do Cardoso, com 16 metros de largura e 1.635 metros de extensão, já está concluída. Essa avenida vai permitir a ligação da Avenida Mem de Sá, em Santa Efigênia, na região Leste, com a Rua Caraça, no Bairro Serra, na região Centro-Sul. Por causa do terreno acidentado, dois trechos são em viaduto. Na região da Terceira e Segunda Águas, foram urbanizados mais de 60 becos. As obras de pavimentação, esgoto e drenagem, construção de escadarias e contenções em becos estão sendo feitas em todo o Aglomerado. O Programa contempla urbanização em aproximadamente 23,8 mil metros lineares de becos.

Estão sendo implantados cinco parques: Parque do Cardoso, Parque da Terceira Água, Parque da Segunda Água, Parque da Primeira Água e Parque do Pocinho. Em todos, os córregos estão sendo saneados e mantidos em seu leito natural, já que o esgoto será retirado. Eles estão sendo cercados e iluminados e a população está ganhando equipamentos de lazer, como pistas de skate e parkour e quadra de basquete de rua. Já foram concluídos os interceptores dos parques do Cardoso e da Terceira Água e os da Segunda Água estão em fase de finalização. Todo o esgoto será coletado pela Copasa. Estão sendo construídos interceptores ao longo dos córregos e no entorno dos parques para o recolhimento dos resíduos, que serão direcionados à Estação de Tratamento Arrudas.

Até o término do programa serão removidas cerca de 2.500 famílias em função das obras ou por morarem em área de risco geológico. Até maio de 2007 já haviam sido removidas 1.300 delas. Cerca de 75% das famílias removidas foram reassentadas no próprio aglomerado ou no seu entorno. 252 unidades habitacionais já foram entregues. Outros 480 apartamentos estão em fase de construção. Até o seu término, o Vila Viva prevê a construção de cerca de 1 mil unidades habitacionais em várias áreas do Aglomerado. Os conjuntos possuem apartamentos de dois e três quartos, em prédios de quatro andares, com oito unidades por bloco.



 

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